
A custódia de cripto é um elemento essencial na administração de ativos digitais no universo das criptomoedas. Trata-se do armazenamento seguro e da gestão dos ativos digitais, assegurando a proteção das chaves privadas, que são componentes fundamentais das carteiras cripto. Neste artigo, abordamos o conceito de custódia de cripto, sua relevância e os diferentes aspectos relacionados ao tema.
As soluções de custódia de cripto geralmente se dividem entre dois tipos: hot storage e cold storage.
As soluções de hot storage mantêm conexão com a internet e oferecem maior liquidez. Essas carteiras de software permitem acesso rápido e prático aos fundos em criptomoedas, além de possibilitar interação com plataformas de exchange e aplicações descentralizadas (DApps). Por estarem conectadas à internet, ficam mais expostas a ataques virtuais.
As soluções de cold storage, por outro lado, armazenam as chaves privadas offline, criando uma camada adicional de segurança contra ameaças online. Envolvem carteiras físicas (hardware wallets) e carteiras em papel (paper wallets). As transações são assinadas localmente, o que reduz bastante o risco de invasões. Cold wallets são ideais para armazenamento de longo prazo e proteção de grandes volumes de criptomoedas.
A custódia de cripto exerce um papel duplo no mercado de ativos digitais: protege contra ameaças de segurança e também promove confiança. Como as criptomoedas são descentralizadas, os usuários assumem total responsabilidade pela proteção das próprias chaves privadas, o que pode ser desafiador, especialmente diante do avanço dos ataques cibernéticos.
Além dos riscos digitais, o armazenamento seguro de criptomoedas também deve considerar ameaças físicas, como incêndios, enchentes ou furtos. Devido ao alto valor dos ativos digitais, a perda de acesso pode resultar em prejuízos financeiros graves. Por isso, é comum que pessoas e empresas recorram a custodiante de cripto para garantir a segurança de seus ativos digitais.
Existem três tipos principais de soluções de custódia de cripto:
Autocustódia: Dá ao usuário controle total sobre suas criptomoedas, permitindo a gestão direta das próprias chaves privadas. Apesar do controle absoluto, existe o risco de perda irreversível caso as chaves sejam perdidas.
Custódia parcial: Também chamada de “custódia compartilhada”, é um modelo intermediário entre a autocustódia e a custódia por terceiros. Divide a responsabilidade pela guarda das chaves privadas entre o usuário e um custodiante de confiança. Muito utilizada em contas conjuntas, adota tecnologias como multi-signature (multisig), secure multi-party computation (MPC) e autenticação em dois fatores (2FA).
Custódia por terceiros: O provedor de serviços assume a responsabilidade total pelo armazenamento dos ativos digitais dos clientes. Essa abordagem é indicada para custódia institucional, oferecendo segurança avançada, seguro e flexibilidade. No entanto, implica a perda de controle por parte do usuário e possíveis restrições em transações.
Ao selecionar um custodiante de cripto, considere os seguintes critérios:
Protocolos e sistemas de segurança: Opte por custodiantes que utilizem os recursos de segurança mais avançados, como multisig, MPC, 2FA e segregação de ativos.
Transparência: Serviços de custódia confiáveis devem ser transparentes quanto às práticas de proteção. Dê preferência a provedores que ofereçam proof of reserves (PoR) ou ferramentas de acompanhamento em tempo real para comprovação de reservas.
Cobertura de seguro: Alguns custodiantes disponibilizam seguro como camada adicional de proteção. Confira o nível de cobertura oferecido.
Regras legais locais: Avalie os requisitos legais da sua jurisdição, pois as normas regulatórias podem variar conforme o país.
A custódia de cripto vai além de uma exigência técnica; é uma estratégia essencial para garantir uma base segura e confiável ao futuro financeiro digital. Conforme o ecossistema de criptomoedas evolui, cresce a importância de soluções robustas de custódia. O avanço das finanças descentralizadas e dos smart contracts em blockchain traz novas alternativas para autocustódia e custódia peer-to-peer, com potencial para transformar o modelo tradicional. À medida que os serviços financeiros se adaptam a este cenário, a custódia de ativos digitais se torna cada vez mais central na redefinição da responsabilidade financeira frente aos ativos digitais.
O custodiante de cripto é o serviço responsável por armazenar e administrar ativos digitais com segurança em nome dos clientes, oferecendo proteção e conformidade para quem não faz autocustódia das criptomoedas.
Sim, bancos podem custodiar cripto desde que cumpram normas regulatórias e adotem padrões rigorosos de proteção, como a segregação de ativos e adesão à supervisão regulatória.











