
O sistema de verificação Know Your Customer da Pi Network exige uma validação rigorosa da identidade de todos os usuários, mas essa abordagem gera vulnerabilidades críticas de privacidade que atraíram a atenção da SEC. O cerne do problema está na decisão arquitetural da Pi Network de guardar dados sensíveis de KYC em servidores centralizados, e não em carteiras sob controle do usuário — contrariando o princípio de descentralização do blockchain. Com 13 milhões de usuários já verificados no KYC, o projeto acumulou um repositório massivo de informações pessoais suscetíveis a violações e acessos não autorizados. Esse modelo centralizado eleva drasticamente o risco de roubo de identidade, expondo dados dos usuários tanto a agentes maliciosos quanto a autoridades regulatórias. A investigação da SEC concentra-se exatamente nessa falha de conformidade e lacuna na proteção de dados. A situação ainda se complica pelo fato de autoridades chinesas classificarem a participação em projetos de ativos digitais não registrados como possível captação ilegal de recursos, pressionando ainda mais a legitimidade operacional da Pi Network. O sentimento de mercado reflete essas incertezas: 10 milhões de tokens PI foram retirados de exchanges em outubro de 2025, indicando apreensão dos investidores diante do cenário regulatório. Atualmente, a Pi Network ocupa a 53ª posição entre as criptomoedas, com valor de mercado de US$2,60 bilhões, porém enfrenta desafios crescentes de compliance que ameaçam sua sustentabilidade operacional.
O panorama regulatório das criptomoedas é marcado por uma dicotomia clara: enquanto a União Europeia e a China adotam posturas opostas, o regulamento Markets in Crypto-Assets (MiCA) da UE, implementado em 30 de dezembro de 2024, cria um arcabouço abrangente que legitima serviços de criptoativos via licenciamento e padronização. O MiCA exige que Crypto-Asset Service Providers (CASPs) e Crypto-Asset Issuers (CAIs) apresentem whitepapers detalhados, realizem divulgações de risco e mantenham reservas operacionais, viabilizando oportunidades para participantes regulados do mercado.
| Dimensão Regulatória | UE (MiCA) | China |
|---|---|---|
| Status do Marco | Regulação abrangente (dez 2024) | Proibição total |
| Exigências de Conformidade | Licenciamento, whitepapers, divulgação de riscos | Fiscalização e proibições |
| Acesso ao Mercado | Autorização regulatória | Acesso restrito |
| Medidas de Segurança | Padrões de proteção ao consumidor | Fiscalização restritiva |
No sentido oposto, a China implementou uma proibição total, com a Lei de Proteção de Informações Pessoais vigente desde 2025, além de emendas severas de segurança cibernética e penalidades mais pesadas para descumprimento. Essa fragmentação impõe desafios complexos para operadores globais. Segundo referências de mercado, apenas 15 prestadores de serviço de criptoativos haviam conseguido autorização MiCA até novembro de 2025, evidenciando o rigor regulatório. Organizações com atuação internacional precisam lidar com esse contraste desenvolvendo estratégias específicas para cada jurisdição, mantendo estruturas de compliance duplas e priorizando o mercado europeu, onde a clareza regulatória permite operações sustentáveis em comparação aos mercados proibidos.
A Pi Network passou por forte turbulência em 2025, com o valor de seu token despencando 85% sob intensa incerteza quanto ao status de classificação. O ponto central é o debate contínuo sobre se o PI seria valor mobiliário ou utility token, gerando ambiguidade regulatória, assustando investidores e provocando liquidações agressivas. Essa indefinição comprometeu a confiança do mercado, dificultando a avaliação do status legal e da viabilidade futura do ativo.
As suspeitas de esquema de pirâmide ampliaram a volatilidade. Diferentes canais de negociação registraram oscilações acentuadas, com PI variando entre US$0,1452 e US$0,2024 ao longo de 2025, segundo análises de preço. Em setembro de 2025, as quedas foram especialmente abruptas: de US$0,35814 para US$0,27348 em apenas dois dias, um tombo de 23,8%. Em outubro, o PI atingiu US$0,26, totalizando uma queda de 91% desde os picos anteriores.
Dados on-chain mostram que os cronogramas de desbloqueio de tokens agravaram a crise. Mais de 620 milhões de tokens PI estavam previstos para desbloqueio até dezembro de 2025, inundando o mercado com oferta justamente quando as acusações de pirâmide ganharam tração. Essa tempestade perfeita — incerteza regulatória e forte diluição de tokens — impulsionou vendas capitulatórias.
O sentimento de mercado hoje é de extremo medo, com o ativo tentando manter suporte acima de US$0,20. O desafio central segue sem solução: sem clareza regulatória sobre a classificação do PI, a adoção institucional é improvável e a confiança do varejo continuará caindo junto com o valor do token.
O valor do Pi Coin depende da demanda e da atividade de negociação. Como ativo digital, seu preço é definido pelo interesse dos compradores. Atualmente, o valor de mercado do Pi continua em formação, à medida que o ecossistema evolui e a adoção cresce.
100 dólares americanos correspondem a cerca de 2.181,35 PiCoin segundo as cotações atuais de mercado. O valor pode variar de acordo com as oscilações em tempo real.
Sim, a expectativa é que o Pi Coin seja listado em grandes exchanges. Com forte apoio da comunidade e aumento da adoção, a listagem é amplamente aguardada. A equipe da Pi Network segue desenvolvendo o mainnet, tornando a listagem em exchanges cada vez mais provável nos próximos meses.
Em 2025, espera-se que 1 PI valha entre US$0,28 e US$0,65. Essa previsão considera as tendências de mercado e o desenvolvimento de utilidade da rede. O valor exato dependerá do ritmo de adoção e das condições de mercado.











