Em outubro, Barcelona ainda brilha com a suave luz do Mediterrâneo.

Há dois anos, na mesma cidade, na mesma conferência, a regulamentação era uma demanda.
Isso foi na Convenção Europeia de Blockchain de 2023 (European Blockchain Convention, doravante referida como EBC) — um momento cheio de inquietação e auto-questionamento. A sombra da falência da FTX ainda não havia desaparecido, o calor residual de falências como a da Luna e Celsius ainda persistia, e no palco de Barcelona, banqueiros e criptomoedistas fundamentalistas sentaram-se juntos pela primeira vez,
com cautela, mas concordando na mesma frase: "Precisamos de regras."

Naquele ano, a regulamentação era "tópico"; dois anos depois, tornou-se "pré-requisito".

Quando entrei novamente na sala da EBC em 2025, a cena era quase estranha. O número de participantes aumentou de 2.500 para 6.000; o público também passou por uma mudança sutil - não eram apenas empreendedores vestidos com camisetas de capuz, mas também muitos gerentes de ativos e representantes de instituições em ternos, com uma sensação de racionalidade e profissionalismo permeando cada canto do evento.

A conferência deste ano parece mais uma "revolução institucional".
Não é a destruição da velha ordem, nem a celebração de um novo mundo, mas sim uma silenciosa transferência de consenso —
dos ideais para a governança, dos slogans para a estrutura, da paixão para a razão.

Nos últimos 48 horas de entrevistas, encontrei diferentes rostos que representam o espírito europeu:

Eles interpretam o mesmo tema em suas diferentes línguas -

Num mundo que adora a velocidade, a Europa escolheu um desenvolvimento racional sob nova regulamentação.

Um advogado de criptomoedas — peixe ou pata de urso?

Descrição: Nikita Prokopenko fotografado no local do evento da Conferência de Blockchain da Europa 2025

Na área de conversação ao vivo da EBC 2025, encontrei o primeiro entrevistado que já havia agendado: Nikita Prokopenko, um advogado de criptomoedas da Itália, vestindo um terno cinza claro impecável, com um tom de voz suave, como todos os grandes advogados das séries da Netflix, suas palavras eram afiadas. Sua introdução foi concisa e profunda:

"A regulamentação não é uma algema, mas sim um novo mapa."

Nesse momento, eu sabia que esta conversa não seria entediante.

Neste mapa, cada jurisdição tem seu próprio custo. 
 "No campo das criptomoedas, você enfrenta uma escolha difícil." 
 Ele levantou a mão gesticulando, "Por um lado, lugares como Dubai têm impostos extremamente baixos - zero imposto sobre propriedade, cinco por cento de IVA, 
 mas o processo de solicitação de licença é uma tortura infernal, demorando muito e custando caro; 
 por outro lado, você também pode escolher uma jurisdição com processos mais simples, onde você pode obter a licença em três meses, mas os impostos serão mais altos."

Esta é uma escolha entre um peixe e uma pata de urso.

Quando perguntei sobre o estado da solicitação de licença na Europa, ele forneceu os seguintes números: "Obter uma licença na Europa geralmente requer 300 horas de trabalho, e como esse processo envolve várias equipes jurídicas e a colaboração de diferentes empresas, geralmente leva de 2 a 3 meses para ser concluído, e os custos específicos dependem da complexidade do projeto - quantas atividades comerciais você precisa? Quantos países deseja cobrir? Qual é a sua base de clientes existente?"

Falando sobre as diferenças entre os países europeus, Nikita parece ter bastante experiência: "Por exemplo, solicitar uma licença na República Checa é muito mais direto do que na Holanda. As autoridades reguladoras na Holanda são mais complexas, então o processo também é mais difícil."

Malta ainda é um paraíso cripto?

A nossa conversa virou-se para Malta - este antigo "paraíso das criptomoedas". "Malta já emitiu cinco tipos diferentes de licenças para criptomoedas, e várias instituições conhecidas obtiveram licenças lá. O processo é realmente simples e direto.

Mas o custo simples é a limitação.
"O problema é que quase nenhum cliente está disposto a realmente transferir o negócio. É apenas uma pequena ilha não muito longe da Itália, e, na minha opinião, não há muito a fazer lá, nem ninguém quer se encontrar lá."

Ele hesitou, como se estivesse a resumir:

"Quanto mais simples a regulamentação, mais isolada a ecologia."

Se dividirmos o mundo das criptomoedas em "zonas de política" e "altos comerciais", Malta claramente pertence ao primeiro.

Quando perguntei sobre o lugar mais fácil do mundo para obter uma licença, a resposta dele foi surpreendente: "Para ser franco, uma das jurisdições mais fáceis é o Canadá. A licença MSB (Money Services Business) deles dá-lhe o direito de trabalhar com criptomoedas." Mas ele imediatamente acrescentou: "No entanto, os impostos lá não são os melhores."

O realismo e o verdadeiro valor do Mica

Quando se fala da regulamentação do mercado de ativos criptográficos da MiCA( na Europa, o tom de Nikita torna-se claramente sério.
"Para ser sincero, a Europa é atualmente uma das jurisdições mais desafiadoras."

Ele escreveu algumas exigências no papel da entrevista: três diretores, sendo que um deles deve ser residente da União Europeia; deve haver equipes de segurança cibernética, operações, marketing e tratamento de reclamações; "Essas devem ser pessoas reais, você deve assinar contratos com elas - pode ser um contrato de trabalho ou um contrato B2B, mas não pode ser apenas dizer 'nós ainda não temos pessoal em posição'."

Parece complicado, mas os clientes não reclamam.
"Porque assim que você obtém a licença na Espanha, ela é válida em todos os 27 países da União Europeia."
Ele deu de ombros, "Esse é o benefício das regras — uma vez que você está qualificado, não precisa explicar novamente."

Mercado de previsões ou previsões cinzentas?

Em relação aos populares mercados de previsão atuais, ele admitiu que é uma zona cinzenta: "Mercados de previsão como o Polymarket não têm uma regulamentação direta nas criptomoedas. Parece jogo, é complicado. O MiCA nunca os mencionou diretamente."

O seu julgamento é: "Parece que, desde que a plataforma não guarde ativos ou troque criptomoedas, pode operar sem licença. Se for apenas para permitir que as pessoas apostem em plataformas descentralizadas Web3, não será necessária licença."

No final da nossa conversa, o Nikita resumiu a sua visão sobre o atual ambiente regulatório: "A situação agora é muito incerta, precisamos esperar mais comentários das entidades reguladoras do mercado. Mas uma coisa é clara - as regras estão a tornar-se mais definidas, o que é bom para todo o setor."

Dois, executivos da bolsa - Nova Terra da Criptomoeda e o Capitão

Fonte: "Vantagem competitiva da licença MiCA na aquisição de clientes" mesa redonda

Descrição: Erald Ghoos (direita) com a autora deste artigo Carine (esquerda) em uma foto no local do evento.

Perto do meio-dia, o fluxo de pessoas no local aumentou visivelmente. As vozes, os passos e o zumbido da máquina de café misturam-se, como se fossem o ruído de fundo que compõe a realidade da indústria de criptomoedas.

À mesa redonda da área VIP, estou aguardando a entrevista com Erald Ghoos - o orador convidado desta conferência, um veterano com vinte anos de experiência na indústria financeira, atualmente CEO de uma das principais exchanges na Europa.

O que ele quer discutir é a localização do mercado europeu e a lógica de confiança do usuário.

E não muito longe, à frente do estande de uma nova exchange, alguns funcionários asiáticos estão ocupados distribuindo presentes para a multidão que pede souvenirs. Sacolas de compras amarelas enormes balançam entre a multidão, com características de negociação que são extremas e ousadas:

"Sem requisitos de registro KYC, 400 vezes de alta alavancagem, entrada rápida." Barulhento e chamativo, como uma metáfora visual de risco.

Por que o mercado europeu é a era das navegações do novo continente das criptomoedas?

"A velocidade é a super língua da Ásia, enquanto a confiança é a lógica subjacente do mercado europeu."

Erald tem uma personalidade serena, como um cavalheiro experiente, não é apressado nem impaciente, e suas palavras revelam uma compreensão de longo prazo do mercado.

"Antes do MiCA, o mercado europeu parecia mais uma área marítima não mapeada - os aventureiros navegavam por intuição, buscavam riqueza com base na experiência e também enfrentavam o risco de afundar." disse Erald.

"Após a introdução do MiCA, as rotas foram traçadas no mapa. Começamos a saber quais águas são seguras e quais tempestades podem ser previstas."

Ele disse que esta transformação fez com que "a confiança começasse a ser precificada".

"A regulamentação torna os riscos quantificáveis e os comportamentos previsíveis, permitindo que os fundos institucionais realmente entrem."

"Bancos, companhias de seguros, empresas de gestão de ativos, eles se preocupam se as regras são claras e se os riscos são transparentes. Após o MiCA, a incerteza diminui e o capital flui naturalmente."

Para ele, a Europa já não é um campo de testes, mas sim um novo continente de criptomoedas previsível e investível —

Rotas claras, a confiança torna-se moeda.

Sobre a localização na Europa e a mentalidade do usuário: como construir confiança?

Erald desliza a tela do telefone, mostrando a interface multilíngue do seu aplicativo e opções de pagamento locais, incluindo iDEAL da Holanda, Bancontact da Bélgica, BLIK da Polônia e SEPA que cobre toda a Europa.

"Trabalhamos com essas instituições de pagamento locais para permitir que os usuários realizem transações em um sistema que já conhecem", disse ele, com um tom calmo, "quando os usuários puderem comprar Bitcoin da mesma forma que compram café todos os dias, nesse momento, a confiança será estabelecida."

Ele mencionou que a empresa publicou provas de reservas (Proof of Reserves) por vários anos consecutivos e, através de várias licenças financeiras na União Europeia, planeja expandir produtos estruturados e alavancados para corresponder às necessidades dos investidores institucionais.

Confiança, do conceito abstrato à operação concreta; em caminhos familiares, quanto menor a fricção, mais sólida a confiança.

Na sua forma de falar, o design de produtos e a psicologia do comportamento são resumidos em um ditado comercial:

No setor financeiro, as pessoas mais confiam nos sistemas que realmente compreendem e entendem.

Sumário do mercado europeu: competição de variáveis lentas

Falando sobre o ritmo do mercado europeu, Erald reduziu intencionalmente a velocidade da sua fala.

“No setor de criptomoedas, muitas pessoas pensam que a vantagem competitiva é o fluxo de usuários ou o volume de transações. Mas na Europa, a vantagem competitiva é a confiança.” disse Erald.

Ele chama essa vantagem estrutural de "competição de variáveis lentas":

A clareza da regulamentação, os hábitos de conformidade e a acumulação de confiança - estes parecem lentos, mas são os mais difíceis de serem replicados.

"Você pode lançar uma exchange em três meses, mas levará três anos para estabelecer a confiança da marca em um país."

A MiCA traz não apenas regras, mas também um mecanismo de confiança sustentável e reutilizável.

Neste quadro, o que os concorrentes disputam já não é a velocidade, mas a execução sólida e o crédito a longo prazo.

Olhei na direção oposta da sala, e a bolsa amarela de uma certa instituição ainda balançava no ar.

O tráfego barulhento e a construção sólida coexistem no mesmo espaço —

Parece que entre diferentes instituições, além do tamanho e posicionamento, há uma divisão maior nas estratégias e valores.

Três, os elaboradores de padrões - a inovação, deve ser reiniciada?

Descrição: Rowan Varrall representa a Fundação DTI na mesa redonda.

Fonte: "A Evolução dos Padrões ISO para o Mercado de Ativos Digitais" Fórum de Mesa Redonda

"O sucesso não é criar novas regras, mas permitir que todos possam inovar dentro do mesmo sistema de linguagem."

À tarde, na sala lateral do auditório principal, encontrei o terceiro entrevistado — Rowan Varrall, responsável por assuntos regulatórios da Digital Token Identifier Foundation (Fundação DTI).

Ele acabou de sair de um fórum de mesa redonda sobre "regulação e padronização de ativos digitais", vestindo um terno cinza escuro, com um ritmo de fala calmo e uma lógica clara - aquele tom de confiança institucional faz com que se perceba imediatamente que ele pertence àquela classe de pessoas que convencem o mundo com "lógica".

(*A Fundação DTI é a entidade registadora do padrão ISO 24165 "Identificador de Token Digital" (Digital Token Identifier, DTI), que atualmente é reconhecido pela Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA).)

Conselhos para a equipe do projeto antes da entrada

"O erro mais comum é que a equipe do projeto tenta competir em áreas onde não precisa competir."

Rowan disse: "O verdadeiro sucesso é inovar com base em padrões de dados comuns - assim, produtos e serviços podem fluir livremente no ecossistema."

Na sua narrativa, inovação não significa subversão, mas sim compatibilidade. Aqueles que parecem ser frios e impessoais metadados e formatos de mensagem são, na verdade, o solo da inovação — a linguagem que permite que diferentes sistemas e diferentes mercados se comuniquem.

"Se todos usassem o mesmo vocabulário e as mesmas estruturas de dados, então informações sobre transações, produtos e regulamentações poderiam ser transmitidas sem obstáculos entre diferentes mercados."

Ele fez uma pausa e, com uma voz calma, disse: "A verdadeira inovação não está em criar novas formas, mas em saber se você consegue fazer essa forma dialogar com o sistema."

Isso soa como a expressão máxima do racionalismo europeu: construir sobre o consenso, em vez de começar do zero.

A regulamentação europeia limitará a inovação?

Quando perguntei se a regulamentação europeia "limita a inovação", ele quase não hesitou: "Sem regulamentação, você não pode fazer nada."

Ele explicou de forma muito clara——

"Qualquer instituição, antes de tomar uma decisão, pergunta a si mesma: isto é legal? Posso operar sem ser chamado pela fiscalização?"

Assim, o significado da regulamentação não é mais uma restrição, mas uma garantia de certeza.

"Se houver uma estrutura clara que elimine a ambiguidade, isso poderá trazer investimentos."

Segundo ele, a abordagem regulatória na Europa contrasta fortemente com a situação que vimos até recentemente nos Estados Unidos:

"A Europa estabeleceu limites claros e planejou um caminho viável para o desenvolvimento tecnológico, enquanto os Estados Unidos frequentemente reagem apenas após alguém ter ultrapassado esses limites. No entanto, vemos que os Estados Unidos estão passando por uma mudança significativa nesse aspecto."

O que é a ordem do futuro?

Falando sobre a entrada de projetos globais no mercado europeu, o seu conselho foi muito prático:

"Independentemente de onde você estiver na jurisdição, você pode usar padrões da indústria para construir novos produtos - essa é a linguagem universal."

Para ele, cada transação e cada produto são, na verdade, compostos por componentes. Se todos usarem a mesma terminologia para descrever esses componentes, eles poderão se conectar naturalmente através de diferentes sistemas regulatórios e fronteiras de mercado.

"Quando todos usam o mesmo padrão para descrever transações, ativos e dados, a lacuna entre a regulação, as instituições e o mercado diminui."

Ele sussurrou: “Naquela época, as regras não eram apenas as regras da Europa, mas a linguagem global.”

Fora do local, as pessoas ainda estão a discutir entusiasticamente "RWA", "Tokenização", "Trading com IA";

E do ponto de vista de Rowan, o verdadeiro futuro pode estar escrito nos documentos normativos - aquelas palavras frias que definem o comprimento dos campos, tipos de dados e lógica de validação.

Quatro, Investidores - O Ritmo Europeu do Mercado Cripto

Fonte: Capturado no local da Conferência de Blockchain da Europa 2025

Na última tarde da feira, o interior ainda estava cheio de vozes.

Eu cheguei à frente do estande da Ventures, de uma conhecida exchange — lá estava um enorme balão azul, com a forma de uma baleia saltando, estampado com o logo da empresa, refletindo sob a luz com um brilho metálico, atraindo inúmeros olhares.

Vários representantes de equipes iniciais estão na fila aguardando a apresentação. Nesse momento, encontrei Timul, um membro da equipe europeia deles - um jovem europeu cheio de entusiasmo, que estava conversando com a equipe do projeto. Ele fala rápido, tem um sorriso genuíno e sua conversa traz uma certa "aura de criptomoeda".

Eu perguntei-lhe: "Quando olhas para projetos europeus, o que te preocupa mais?"

Ele pensou um pouco, não mencionou avaliação, estrutura de tokens ou limite de financiamento, mas respondeu diretamente: "Comunidade."

"Comunidade?"

"Sim," ele acenou com a cabeça, "o verdadeiro crescimento vem dos usuários, não dos investidores. Você pode ter um ou dois grandes investidores, mas isso não trará uma verdadeira adoção. Os usuários da comunidade são aqueles que irão participar, espalhar e ficar."

Eu perguntei a ele: "Então, um dos critérios principais que você usa para avaliar um projeto é a atividade da comunidade?"

Ele acenou com a cabeça: "Sim, mas não são apenas números superficiais. Muitas pessoas estão a falar sobre narrativa, mas se a narrativa não tiver usuários reais que acreditem e participem, é apenas uma performance."

Ele, como responsável pela operação local na Espanha, fala com uma confiança local. "Na Europa, os KOL têm mais seu próprio julgamento e não costumam criar conteúdo apenas por dinheiro; na Ásia, a colaboração é mais eficiente e mais comercializada. Cada mercado tem tráfego, mas a confiança é o recurso escasso."

Falámos sobre a volatilidade do mercado e a educação dos utilizadores. Ele sorriu e disse: "O mercado de criptomoedas tem o seu próprio ritmo." Ele fez uma pausa e, com um tom sério, disse: "Espero que as equipas dos projetos também compreendam que o mercado não estará sempre aquecido, mas os verdadeiros utilizadores ficarão."

Talvez, essa seja outra força do mercado europeu - desde instituições sólidas até jovens idealistas, desde a certeza regulatória até a espontaneidade da comunidade.

"O mercado aqui recompensa a paciência, apenas de forma diferente." disse Timul.

"Não procure rapidez, mas ganhe tempo."

Conclusão: A rota está definida, a direção do vento pode ser medida.

Sob o pôr do sol em Barcelona, a multidão do EBC 2025 se dispersa lentamente, o alvoroço do salão de exposições vai diminuindo, mas a sensação de ordem desta nova terra das criptomoedas ainda persiste. Há dois anos, as regras eram apenas clamor; dois anos depois, as regras se tornaram um passaporte. O mercado europeu nos conta uma realidade — a inovação não precisa rebentar a ordem, a ordem também pode gerar inovação.

Aqui, a confiança pode ser quantificada, o risco pode ser previsto e a inovação cresce sobre o consenso e os padrões. Seja um advogado, um executivo de uma exchange ou um responsável pela elaboração de normas, todos interpretam a mesma ideia de maneiras diferentes: o novo continente europeu do mundo cripto não é um porto livre de crescimento selvagem, mas sim uma área navegável, esculpida pela razão.

Talvez, isso seja o romance da criptomoeda na Europa: não é a liberdade sem limites, mas a dança entre a razão e a ordem, é a ambição se expandindo livremente dentro das regras. A rota já está definida, a direção do vento é previsível, a exploração do futuro está apenas começando.