Cathie Wood (fundadora e CEO da Ark Invest) admitiu recentemente num podcast um facto frio: não há assim tantos projetos cripto realmente dignos de investimento.
Três principais direções de investimento
A alocação cripto da Ark é bastante contida — foca-se essencialmente em três áreas:
Bitcoin: enquanto blockchain de primeira camada nunca foi atacada, tem um limite rígido de oferta de 21 milhões de unidades, sendo a base do sistema monetário global
Ethereum: camada de liquidação da ecosfera DeFi, a competição entre Layer 2 tenderá a valorizar a L1
Solana: aposta-se no ecossistema através de investimentos como o Brara Sports
Para além disso, a Ark acompanha projetos como Hyperliquid (visto como um “early SOL”) e Jito.
Debate sobre se o Ethereum pode superar o Bitcoin
Quanto à opinião de Tom Lee da Fundstrat, que defende que “o Ethereum irá ultrapassar o BTC”, Wood responde com três argumentos:
Propriedades monetárias: O BTC segue regras quantitativas estritas, sendo um sistema monetário baseado em matemática e não em confiança
Segurança: É a única grande blockchain que nunca foi hackeada, algo crucial para infraestruturas monetárias
Vantagem de pioneiro: A Ark escreveu o primeiro whitepaper BTC em 2016, posição de pioneiro difícil de abalar
Embora o ETH seja importante no DeFi, a lógica de “ultrapassar o BTC” ainda não se sustenta.
O valor invisível das stablecoins
Curiosamente, Wood destacou o papel das stablecoins na inclusão financeira:
Em países em desenvolvimento, USDC/USDT servem para proteger contra a desvalorização da moeda local
A Coinbase lançou recentemente um produto de crédito em USDC com rendimento anualizado de 10,4% (empréstimos on-chain não atingem as taxas dos bancos tradicionais)
A transparência do blockchain torna o DeFi mais seguro do que caixas negras centralizadas como a FTX
A longo prazo, o blockchain irá reduzir os custos de transação globais — dos 2-4% nos países desenvolvidos para menos de 1%, e de mercados como a Nigéria de 25% para muito menos.
Porque não investir em ouro
Sobre a forte valorização do ouro este ano, Wood disse que a Ark não investe em ouro, mas isso não significa que o ouro seja um mau investimento. As suas preocupações são:
A relação metais/ouro caiu abaixo de 0,8-0,9 (mínimos históricos), podendo indiciar riscos económicos mais profundos
O desendividamento do setor imobiliário na China continua
A atual subida do ouro é principalmente impulsionada pelo risco geopolítico (fuga para ativos de refúgio devido à polémica dos vistos H-1B)
A Ark está focada em inovação tecnológica e não em commodities, trata-se de uma questão estratégica do fundo, não de uma visão negativa sobre o ouro.
Principais insights
O sinal mais importante desta entrevista: o investimento em cripto está a tornar-se prudente e concentrado. Nem todas as moedas têm futuro — só projetos com verdadeira natureza monetária, segurança de rede ou valor ecológico merecem alocação de longo prazo. O foco da Ark em stablecoins, infraestruturas DeFi e tokens de ecossistema mostra que os investidores institucionais estão a passar do “trading de moedas” para “construção de ecossistemas”.
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A mais recente avaliação de Cathie Wood, líder da Ark Invest: Porque é que só tem confiança em BTC, ETH e SOL
Cathie Wood (fundadora e CEO da Ark Invest) admitiu recentemente num podcast um facto frio: não há assim tantos projetos cripto realmente dignos de investimento.
Três principais direções de investimento
A alocação cripto da Ark é bastante contida — foca-se essencialmente em três áreas:
Para além disso, a Ark acompanha projetos como Hyperliquid (visto como um “early SOL”) e Jito.
Debate sobre se o Ethereum pode superar o Bitcoin
Quanto à opinião de Tom Lee da Fundstrat, que defende que “o Ethereum irá ultrapassar o BTC”, Wood responde com três argumentos:
Embora o ETH seja importante no DeFi, a lógica de “ultrapassar o BTC” ainda não se sustenta.
O valor invisível das stablecoins
Curiosamente, Wood destacou o papel das stablecoins na inclusão financeira:
A longo prazo, o blockchain irá reduzir os custos de transação globais — dos 2-4% nos países desenvolvidos para menos de 1%, e de mercados como a Nigéria de 25% para muito menos.
Porque não investir em ouro
Sobre a forte valorização do ouro este ano, Wood disse que a Ark não investe em ouro, mas isso não significa que o ouro seja um mau investimento. As suas preocupações são:
A Ark está focada em inovação tecnológica e não em commodities, trata-se de uma questão estratégica do fundo, não de uma visão negativa sobre o ouro.
Principais insights
O sinal mais importante desta entrevista: o investimento em cripto está a tornar-se prudente e concentrado. Nem todas as moedas têm futuro — só projetos com verdadeira natureza monetária, segurança de rede ou valor ecológico merecem alocação de longo prazo. O foco da Ark em stablecoins, infraestruturas DeFi e tokens de ecossistema mostra que os investidores institucionais estão a passar do “trading de moedas” para “construção de ecossistemas”.