No dia 1 de dezembro, o valor total de liquidações no mercado cripto atingiu 985 milhões de dólares num só dia. O Bitcoin perdeu o suporte dos 84 mil dólares e o Ethereum caiu mais de 10% num único dia. O mercado voltou a relembrar, de forma brutal, o custo de perseguir máximos e ignorar sinais de risco.

No entanto, do outro lado das vendas em pânico, os dados on-chain e os fluxos de capital já deram algumas pistas. Para os traders que já passaram por vários ciclos, este talvez não seja o pior momento. Vamos direto ao ponto: no curto prazo (1-4 semanas) e no médio prazo (1-3 meses), que moedas merecem atenção, como entrar e onde colocar o stop loss.

**Bitcoin: Se os 80 mil dólares aguentarem, podemos ver os 110 mil no futuro**

A lógica desta correção não é complicada. Em novembro, as expectativas de corte de juros pela Fed arrefeceram e, em algumas regiões, a regulamentação sobre stablecoins apertou, levando o BTC a cair quase 30% do topo de 126 mil dólares. Mas a zona dos 80 mil já foi testada várias vezes este ano e sempre segurou.

Os dados da CoinGlass mostram que há grandes ordens de compra acumuladas abaixo dos 84 mil, e o ritmo de saída de capitais dos ETFs também está a abrandar. Isto indica que o dinheiro institucional pode estar a entrar de forma discreta.

**Estratégia operacional:**
- Zona de entrada: comprar em fases entre 82 mil e 85 mil dólares, nunca mais de 15% do capital total numa só ordem
- Linha de stop loss: 78 mil dólares; se perder esse valor, sair da posição, limitando a perda a menos de 2% do capital total por operação