Regulamentações de Criptomoedas nos Países Islâmicos: Guia de Acesso ao Mercado 2025

Arábia Saudita: Restrições Rigorosas

Status: As criptomoedas continuam a não ser reconhecidas como moeda legal. O Banco Central da Arábia Saudita (SAMA) emitiu avisos contra a negociação de criptomoedas em 2018, seguidos de medidas proibitórias reforçadas contra transações de ativos virtuais em 2021.

Regulamentação: Existe uma proibição abrangente da integração de criptomoedas dentro do sistema bancário. A propriedade privada é permitida, mas as atividades de negociação e troca enfrentam limitações severas.

Contexto: O governo está a desenvolver a sua própria moeda digital de banco central como parte da Visão 2030, colaborando com os EAU em testes de CBDC (Projeto Aber) que poderá potencialmente substituir criptomoedas privadas.

Acesso ao Mercado: As plataformas de negociação não podem operar legalmente dentro da infraestrutura bancária saudita, com as transações P2P permanecendo a principal via para os participantes do mercado, apesar dos desafios regulatórios.

Emirados Árabes Unidos: Emergent Hub de Cripto

Status: Liderando a inovação cripto entre os países islâmicos, com Dubai a estabelecer-se ativamente como uma "capital cripto" através do desenvolvimento de um ecossistema blockchain abrangente.

Regulamentação: A Autoridade Reguladora de Ativos Virtuais de Dubai (VARA), estabelecida em 2022, fornece licenciamento oficial para trocas de ativos digitais. Várias plataformas de negociação importantes garantiram permissões operacionais em 2023. As criptomoedas são classificadas como ativos em vez de moedas, com requisitos robustos de KYC/AML.

Conformidade com a Sharia: Certos stablecoins e tokens respaldados por ativos tangíveis (particularmente ouro)recebem classificação halal de acordo com os princípios de finanças islâmicas.

Acesso ao Mercado: As bolsas licenciadas podem operar serviços totalmente em conformidade, tornando os Emirados Árabes Unidos o mercado islâmico mais acessível para participantes institucionais e de varejo em criptomoedas.

Malásia: Estrutura Compliant com a Sharia

Status: As criptomoedas são permitidas como ativos de investimento, mas proibidas como instrumentos de pagamento.

Regulamentação: Desde 2019, a Comissão de Valores Mobiliários (SC) implementou supervisão das exchanges de criptomoedas, exigindo conformidade com os princípios da Sharia. Até 2024, várias plataformas que oferecem tokens "halal" receberam certificação oficial.

Contexto: A Malásia está atualmente a testar um ringgit digital (CBDC) que pode competir com criptomoedas privadas no futuro.

Acesso ao Mercado: As plataformas de negociação devem obter a aprovação da SC e demonstrar conformidade com a Sharia para operar legalmente, criando um ambiente de mercado estruturado, mas acessível.

Indonésia: Sinais Regulatórios Mistos

Status: Em 2021, o Conselho Ulema (MUI) declarou que as criptomoedas são haram devido a elementos especulativos, mas as autoridades governamentais não implementaram uma proibição completa.

Regulação: Desde 2023, as criptomoedas estão sujeitas à regulamentação de commodities supervisionada pela Bappebti (Agência Reguladora de Futuros de Commodities). Aplicações de pagamento são proibidas, enquanto a negociação permanece permitida.

Tendências do Mercado: Os volumes de transações P2P mostram um crescimento significativo, apesar das cautelas religiosas contra o envolvimento com criptomoedas.

Acesso ao Mercado: As plataformas de negociação podem operar sob estruturas de bolsas de mercadorias, embora com uma separação rígida dos sistemas de pagamento.

Irã: Adoção Estratégica

Estado: As criptomoedas mantêm o status legal especificamente para transações de comércio internacional, proporcionando capacidades de contorno de sanções.

Regulação: Desde 2019, o Banco Central do Irão permitiu operações de mineração com licenciamento adequado. Em 2022, as criptomoedas ganharam reconhecimento como instrumentos de facilitação de importações, embora o uso doméstico continue restrito.

Contexto: O governo está a desenvolver um rial digital, com fases de teste a começar em 2024.

Acesso ao Mercado: Limitado a liquidação de comércio internacional aprovada pelo governo, com o comércio doméstico sujeito a restrições significativas.

Egito: Proibição Completa

Status: As criptomoedas enfrentaram uma proibição total desde 2018, após um decreto religioso (fatwa) de Dar al-Ifta declarando-as haram devido a preocupações com fraudes e falta de ativos subjacentes que as respaldem.

Regulamentação: A proibição abrangente cobre negociação, mineração e uso. As instituições bancárias estão proibidas de processar transações relacionadas a cripto.

Contexto: O foco do governo continua na infraestrutura financeira tradicional, sem indicação de mudanças regulatórias.

Acesso ao Mercado: Não existem vias legais para as operações de plataformas de negociação, com instituições financeiras a monitorizar ativamente as transações em criptomoeda.

Paquistão: Estrutura em Evolução

Status: As criptomoedas carecem de reconhecimento legal formal, embora as medidas de proibição permaneçam incompletas.

Regulamentação: Em 2018, o Banco Estatal do Paquistão baniu as instituições financeiras de facilitar transações com criptomoedas. No entanto, em 2024, a Comissão de Valores Mobiliários (SECP) iniciou processos de consulta regulatória.

Tendências de Mercado: A atividade de negociação subterrânea continua a expandir-se em meio à instabilidade econômica e preocupações com a desvalorização da moeda.

Acesso ao Mercado: Não existe um quadro legal para operações de câmbio, embora desenvolvimentos regulatórios sugiram possíveis mudanças futuras.

Perspetiva de Mercado e Padrões Regulatórios

Influência Religiosa: Jurisdições onde a Sharia constitui a base legal (Arábia Saudita, Egito) geralmente mantêm proibições mais rigorosas. Abordagens regulatórias mais pragmáticas surgem em países com elementos de governança secular (EAU, Malásia).

Desenvolvimento de CBDC: Várias nações ( Arábia Saudita, Irão, UAE ) estão investindo substancialmente em moedas digitais de banco central como alternativas controladas às criptomoedas descentralizadas.

Motivações Económicas: Países que enfrentam sanções internacionais (Irão) ou que buscam o status de centro financeiro global (EAU) demonstram abordagens mais pragmáticas em relação à regulação das criptomoedas.

Atividade de Mercado: Dados das redes sociais indicam um crescente interesse em criptomoedas em países de maioria muçulmana, impulsionado principalmente por preocupações com a inflação e a desvalorização da moeda local, embora as restrições regulatórias continuem a limitar a adoção generalizada.

Análise do Espectro Regulatória

O panorama regulatório das criptomoedas nos países islâmicos varia desde a proibição abrangente até estruturas de adoção inovadoras. Interpretações religiosas e considerações de controle financeiro moldam as abordagens políticas, com algumas jurisdições vendo os ativos digitais como ameaças, enquanto outras reconhecem oportunidades estratégicas. O desenvolvimento de tokens compatíveis com a Sharia e moedas digitais apoiadas pelo governo provavelmente se acelerará até 2025, particularmente em regiões economicamente progressistas como os estados do Golfo.

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