As duas principais decisões de política monetária chegam ao mesmo tempo, análise do movimento do euro torna-se o foco
Esta semana, o mercado cambial prepara-se para um evento de grande impacto — a 18 de dezembro, o Banco Central Europeu anunciará a sua decisão de taxa de juros, seguido pelo Banco do Japão a 19 de dezembro. O mercado espera que estas duas reuniões tenham um impacto direto na cotação do euro e do iene, enquanto os dados de emprego não agrícola de novembro nos EUA também desempenharão um papel crucial.
Na semana passada, o mercado cambial manteve-se relativamente estável, com o índice do dólar a cair 0,60%. O euro face ao dólar subiu 0,84%, o iene caiu 0,29%, a libra subiu 0,34% e o dólar australiano aumentou 0,18%. Por trás destas variações, os sinais de política do Federal Reserve foram o motor principal.
Mudança de postura do Federal Reserve abre novas oportunidades na análise do euro
Na semana passada, a redução da taxa de juros em 25 pontos base pelo Federal Reserve foi conforme o esperado, mas anunciou também o início do plano de compra de reservas (RMP), adquirindo 400 mil milhões de dólares em títulos do governo de curto prazo por mês, interpretado pelo mercado como um retorno ao estímulo quantitativo. As declarações do presidente Powell foram mais moderadas do que o esperado, enfraquecendo ainda mais o dólar, levando o índice do dólar a cair por vários dias consecutivos.
O mais recente gráfico de pontos revela que, até 2026, espera-se apenas uma redução de taxa, o que contrasta claramente com as expectativas do mercado de duas reduções no próximo ano. Esta divergência poderá ampliar-se após a reunião do BCE.
Como responderá o Banco Central Europeu?
Espera-se que o BCE mantenha as taxas de juros inalteradas, mas os investidores focam-se na fala do presidente Lagarde e nas previsões trimestrais mais recentes, tentando captar sinais de uma possível mudança para uma política mais restritiva. A Morgan Stanley prevê que, num contexto de divergência de políticas monetárias entre Europa e EUA, o euro face ao dólar poderá atingir 1,23 no primeiro trimestre de 2026.
Do ponto de vista técnico, o euro/dólar estabilizou-se acima da média móvel de 100 dias, com o RSI e o MACD a indicar força de tendência de alta. O próximo objetivo de preço é de 1,18, com uma resistência principal na zona do topo anterior de 1,192. Se o mercado recuar de níveis elevados, o suporte encontra-se na média móvel de 100 dias, por volta de 1,164.
Se os dados de emprego não agrícola dos EUA desta semana forem inferiores às expectativas, o dólar poderá sofrer mais pressão, e o euro/dólar poderá continuar a subir. Caso contrário, uma correção de curto prazo é possível.
O aumento da taxa de juro do Banco do Japão está iminente, o iene poderá disparar?
A expectativa de subida de juros pelo Banco do Japão já é consensual no mercado. A decisão de 19 de dezembro é amplamente prevista para um aumento de 25 pontos base até 0,75%, atingindo o nível mais alto em trinta anos. Contudo, o aumento de juros já está amplamente refletido no mercado, que está mais atento à postura do governador Ueda sobre o ritmo de futuras subidas, especialmente na sua declaração sobre a “taxa de juro neutra”.
A intensidade do aumento determinará o movimento do iene
A Nomura Securities acredita que Ueda poderá manter uma postura ambígua para preservar a flexibilidade de política, e a possibilidade de uma comunicação mais hawkish nesta reunião é baixa.
O Bank of America indica que, se o Banco do Japão adotar uma postura de “aumento moderado”, o USD/JPY poderá subir até 160; mas, se sinalizar uma postura hawkish, o iene poderá recuperar posições, aproximando-se de 150 — embora a probabilidade do segundo cenário seja menor.
Indícios técnicos revelam pistas
O USD/JPY já quebrou a média móvel de 21 dias. Se continuar a ser pressionado abaixo desta linha, o risco de queda aumentará, com suporte em 153. Por outro lado, se voltar a superar a média de 21 dias, a resistência principal estará na zona dos 158.
O que esperar na próxima semana
O mercado será dominado por três fatores principais: a reunião do BCE, a reunião do Banco do Japão e os dados de emprego não agrícola dos EUA. As últimas previsões de ambas as principais instituições sobre o caminho de redução ou aumento de taxas serão decisivas para o câmbio do euro face ao iene.
Os investidores devem acompanhar de perto as declarações dos responsáveis pelos bancos centrais e as orientações futuras, bem como se os dados de emprego correspondem às expectativas do mercado. Estes sinais influenciarão diretamente as previsões de divergência nas políticas monetárias globais e, por sua vez, o desempenho cambial nesta semana.
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A polarização das políticas do banco central desencadeia turbulências no mercado cambial! Euro e iene enfrentam decisões cruciais nesta semana
As duas principais decisões de política monetária chegam ao mesmo tempo, análise do movimento do euro torna-se o foco
Esta semana, o mercado cambial prepara-se para um evento de grande impacto — a 18 de dezembro, o Banco Central Europeu anunciará a sua decisão de taxa de juros, seguido pelo Banco do Japão a 19 de dezembro. O mercado espera que estas duas reuniões tenham um impacto direto na cotação do euro e do iene, enquanto os dados de emprego não agrícola de novembro nos EUA também desempenharão um papel crucial.
Na semana passada, o mercado cambial manteve-se relativamente estável, com o índice do dólar a cair 0,60%. O euro face ao dólar subiu 0,84%, o iene caiu 0,29%, a libra subiu 0,34% e o dólar australiano aumentou 0,18%. Por trás destas variações, os sinais de política do Federal Reserve foram o motor principal.
Mudança de postura do Federal Reserve abre novas oportunidades na análise do euro
Na semana passada, a redução da taxa de juros em 25 pontos base pelo Federal Reserve foi conforme o esperado, mas anunciou também o início do plano de compra de reservas (RMP), adquirindo 400 mil milhões de dólares em títulos do governo de curto prazo por mês, interpretado pelo mercado como um retorno ao estímulo quantitativo. As declarações do presidente Powell foram mais moderadas do que o esperado, enfraquecendo ainda mais o dólar, levando o índice do dólar a cair por vários dias consecutivos.
O mais recente gráfico de pontos revela que, até 2026, espera-se apenas uma redução de taxa, o que contrasta claramente com as expectativas do mercado de duas reduções no próximo ano. Esta divergência poderá ampliar-se após a reunião do BCE.
Como responderá o Banco Central Europeu?
Espera-se que o BCE mantenha as taxas de juros inalteradas, mas os investidores focam-se na fala do presidente Lagarde e nas previsões trimestrais mais recentes, tentando captar sinais de uma possível mudança para uma política mais restritiva. A Morgan Stanley prevê que, num contexto de divergência de políticas monetárias entre Europa e EUA, o euro face ao dólar poderá atingir 1,23 no primeiro trimestre de 2026.
Do ponto de vista técnico, o euro/dólar estabilizou-se acima da média móvel de 100 dias, com o RSI e o MACD a indicar força de tendência de alta. O próximo objetivo de preço é de 1,18, com uma resistência principal na zona do topo anterior de 1,192. Se o mercado recuar de níveis elevados, o suporte encontra-se na média móvel de 100 dias, por volta de 1,164.
Se os dados de emprego não agrícola dos EUA desta semana forem inferiores às expectativas, o dólar poderá sofrer mais pressão, e o euro/dólar poderá continuar a subir. Caso contrário, uma correção de curto prazo é possível.
O aumento da taxa de juro do Banco do Japão está iminente, o iene poderá disparar?
A expectativa de subida de juros pelo Banco do Japão já é consensual no mercado. A decisão de 19 de dezembro é amplamente prevista para um aumento de 25 pontos base até 0,75%, atingindo o nível mais alto em trinta anos. Contudo, o aumento de juros já está amplamente refletido no mercado, que está mais atento à postura do governador Ueda sobre o ritmo de futuras subidas, especialmente na sua declaração sobre a “taxa de juro neutra”.
A intensidade do aumento determinará o movimento do iene
A Nomura Securities acredita que Ueda poderá manter uma postura ambígua para preservar a flexibilidade de política, e a possibilidade de uma comunicação mais hawkish nesta reunião é baixa.
O Bank of America indica que, se o Banco do Japão adotar uma postura de “aumento moderado”, o USD/JPY poderá subir até 160; mas, se sinalizar uma postura hawkish, o iene poderá recuperar posições, aproximando-se de 150 — embora a probabilidade do segundo cenário seja menor.
Indícios técnicos revelam pistas
O USD/JPY já quebrou a média móvel de 21 dias. Se continuar a ser pressionado abaixo desta linha, o risco de queda aumentará, com suporte em 153. Por outro lado, se voltar a superar a média de 21 dias, a resistência principal estará na zona dos 158.
O que esperar na próxima semana
O mercado será dominado por três fatores principais: a reunião do BCE, a reunião do Banco do Japão e os dados de emprego não agrícola dos EUA. As últimas previsões de ambas as principais instituições sobre o caminho de redução ou aumento de taxas serão decisivas para o câmbio do euro face ao iene.
Os investidores devem acompanhar de perto as declarações dos responsáveis pelos bancos centrais e as orientações futuras, bem como se os dados de emprego correspondem às expectativas do mercado. Estes sinais influenciarão diretamente as previsões de divergência nas políticas monetárias globais e, por sua vez, o desempenho cambial nesta semana.