No contexto de uma indústria de semicondutores global cada vez mais tensa, a Europa está buscando uma ruptura. Em 29 de setembro, o governo holandês anunciou uma decisão importante: todos os países membros da UE aderiram à 'Aliança de Semicondutores' liderada pela Holanda. Esta iniciativa visa impulsionar conjuntamente a revisão da 'Lei dos Chips' da UE, marcando a entrada da Europa em uma nova fase na sua estratégia no setor de chips.
Nos últimos anos, a dependência da Europa no setor de semicondutores tem-se tornado cada vez mais evidente. Na Feira do Automóvel de Munique de 2024, executivos de montadoras alemãs expressaram publicamente suas preocupações, apontando que até 60% do lucro de cada carro elétrico produzido flui para fornecedores de chips asiáticos. Essa preocupação atingiu seu auge em 2025, quando a TSMC anunciou que sua fábrica no Arizona, EUA, priorizaria as necessidades da NVIDIA, uma decisão que levou a associação da indústria automotiva europeia a elaborar urgentemente a "Proposta de Estado de Emergência de Chips".
Os dados mostram que a escassez de chips causou uma perda anual de mais de 210 mil milhões de euros à indústria automóvel da União Europeia, o que equivale a uma perda diária de 575 milhões de euros. Perante uma situação tão grave, a Holanda propôs uma estratégia de resposta única.
Como um pequeno país com uma área de apenas 41.000 quilômetros quadrados, a Holanda controla 60% da capacidade de produção de máquinas de litografia ultravioleta extrema (EUV) no mundo. Um engenheiro da ASML revelou que, embora as peças de cada máquina EUV venham de 14 países, o sistema de controle central deve ser ajustado pela equipe holandesa. Essa vantagem tecnológica conferiu à Holanda uma voz chave na recém-formada aliança de semicondutores.
A ação da Holanda é comparável à transformação do comércio global pela Grã-Bretanha no século XIX com a utilização da máquina a vapor; atualmente, a Holanda está tentando redefinir a estrutura de poder na era digital através da tecnologia de litografia. Vale ressaltar que a aliança propôs o conceito inovador da 'zona Schengen de chips'. Diferente da Lei de Chips e Ciência dos EUA, que se concentra em subsídios maciços, a União Europeia optou por um caminho único: estabelecer uma aliança de padrões tecnológicos multinacional.
Essa mudança de estratégia reflete a abordagem única da Europa ao enfrentar a competição global de chips. Ao integrar recursos e compartilhar tecnologia, a União Europeia espera alcançar um maior grau de autonomia e influência no campo dos semicondutores em um futuro próximo.
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StableGenius
· 9h atrás
ah sim, como eu previ... a tecnologia EUV é a verdadeira jogada de poder aqui. a holanda jogando xadrez 4D enquanto os outros jogam damas.
No contexto de uma indústria de semicondutores global cada vez mais tensa, a Europa está buscando uma ruptura. Em 29 de setembro, o governo holandês anunciou uma decisão importante: todos os países membros da UE aderiram à 'Aliança de Semicondutores' liderada pela Holanda. Esta iniciativa visa impulsionar conjuntamente a revisão da 'Lei dos Chips' da UE, marcando a entrada da Europa em uma nova fase na sua estratégia no setor de chips.
Nos últimos anos, a dependência da Europa no setor de semicondutores tem-se tornado cada vez mais evidente. Na Feira do Automóvel de Munique de 2024, executivos de montadoras alemãs expressaram publicamente suas preocupações, apontando que até 60% do lucro de cada carro elétrico produzido flui para fornecedores de chips asiáticos. Essa preocupação atingiu seu auge em 2025, quando a TSMC anunciou que sua fábrica no Arizona, EUA, priorizaria as necessidades da NVIDIA, uma decisão que levou a associação da indústria automotiva europeia a elaborar urgentemente a "Proposta de Estado de Emergência de Chips".
Os dados mostram que a escassez de chips causou uma perda anual de mais de 210 mil milhões de euros à indústria automóvel da União Europeia, o que equivale a uma perda diária de 575 milhões de euros. Perante uma situação tão grave, a Holanda propôs uma estratégia de resposta única.
Como um pequeno país com uma área de apenas 41.000 quilômetros quadrados, a Holanda controla 60% da capacidade de produção de máquinas de litografia ultravioleta extrema (EUV) no mundo. Um engenheiro da ASML revelou que, embora as peças de cada máquina EUV venham de 14 países, o sistema de controle central deve ser ajustado pela equipe holandesa. Essa vantagem tecnológica conferiu à Holanda uma voz chave na recém-formada aliança de semicondutores.
A ação da Holanda é comparável à transformação do comércio global pela Grã-Bretanha no século XIX com a utilização da máquina a vapor; atualmente, a Holanda está tentando redefinir a estrutura de poder na era digital através da tecnologia de litografia. Vale ressaltar que a aliança propôs o conceito inovador da 'zona Schengen de chips'. Diferente da Lei de Chips e Ciência dos EUA, que se concentra em subsídios maciços, a União Europeia optou por um caminho único: estabelecer uma aliança de padrões tecnológicos multinacional.
Essa mudança de estratégia reflete a abordagem única da Europa ao enfrentar a competição global de chips. Ao integrar recursos e compartilhar tecnologia, a União Europeia espera alcançar um maior grau de autonomia e influência no campo dos semicondutores em um futuro próximo.