# A polémica da proibição da mineração no Paraguai: fazendas de mineração ilegais estão "devorando" toda a eletricidade do país
O Congresso do Paraguai agora está um pouco preocupado. Na semana passada, eles apresentaram um projeto de lei com a intenção de proibir temporariamente todas as atividades de mineração de criptomoedas - a proibição abrange a instalação de fazendas de mineração, criação de tokens, armazenamento em carteiras, tudo incluído. A razão é bastante clara: **fazendas de mineração ilegais estão roubando eletricidade e causando colapsos na rede elétrica**.
Os números são um pouco assustadores. Desde fevereiro deste ano, a região de Alto Paraná, no sudeste (perto da fronteira com o Brasil e a Argentina), teve mais de 50 incidentes de interrupção de energia, tudo devido a pessoas que estão a bombear clandestinamente na rede elétrica. A empresa nacional de energia ANDE estima que cada fazenda de mineração possa causar uma perda de cerca de 94,9 mil dólares, e no total, as perdas anuais na região de Alto Paraná podem chegar a **60 milhões de dólares**.
Por que tantos mineradores estão correndo para o Paraguai? O que mais poderia ser - **a eletricidade é tão barata que não tem amigos**. Dois terços da eletricidade do Paraguai vêm da Usina Hidrelétrica de Itaipú (a terceira maior do mundo), e os preços da eletricidade são o sonho de todos os mineradores. Como resultado, essa onda de boas notícias acabou se tornando um problema - fazendas de mineração ilegais estão entrando em massa, sem se importar com a capacidade de carga da eletricidade.
O projeto de lei tem uma validade de 180 dias (cerca de seis meses), ou até que o Congresso aprove uma lei formal de regulamentação das criptomoedas, e a ANDE assegure um fornecimento de energia estável. O verdadeiro pensamento do governo do Paraguai é: **em vez de proibir, é melhor regulá-lo bem**. A redação do projeto menciona que a falta de um quadro regulatório levou a uma série de problemas, como a falta de proteção dos direitos dos consumidores, riscos de lavagem de dinheiro e lacunas fiscais.
É interessante notar que o Paraguai quase legalizou a indústria de criptomoedas em 2022, mas foi vetoado pelo então presidente - o motivo foi o medo de que a alta consumação de energia da mineração prejudicasse a estratégia de energia verde do país. Agora, parece que as preocupações que eles tinham na época realmente se tornaram um problema real.
Esta situação é um pouco reveladora para os mineradores globais: mesmo a eletricidade mais barata, se obtida de forma irregular ou ilegal, acabará por ter um custo.
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# A polémica da proibição da mineração no Paraguai: fazendas de mineração ilegais estão "devorando" toda a eletricidade do país
O Congresso do Paraguai agora está um pouco preocupado. Na semana passada, eles apresentaram um projeto de lei com a intenção de proibir temporariamente todas as atividades de mineração de criptomoedas - a proibição abrange a instalação de fazendas de mineração, criação de tokens, armazenamento em carteiras, tudo incluído. A razão é bastante clara: **fazendas de mineração ilegais estão roubando eletricidade e causando colapsos na rede elétrica**.
Os números são um pouco assustadores. Desde fevereiro deste ano, a região de Alto Paraná, no sudeste (perto da fronteira com o Brasil e a Argentina), teve mais de 50 incidentes de interrupção de energia, tudo devido a pessoas que estão a bombear clandestinamente na rede elétrica. A empresa nacional de energia ANDE estima que cada fazenda de mineração possa causar uma perda de cerca de 94,9 mil dólares, e no total, as perdas anuais na região de Alto Paraná podem chegar a **60 milhões de dólares**.
Por que tantos mineradores estão correndo para o Paraguai? O que mais poderia ser - **a eletricidade é tão barata que não tem amigos**. Dois terços da eletricidade do Paraguai vêm da Usina Hidrelétrica de Itaipú (a terceira maior do mundo), e os preços da eletricidade são o sonho de todos os mineradores. Como resultado, essa onda de boas notícias acabou se tornando um problema - fazendas de mineração ilegais estão entrando em massa, sem se importar com a capacidade de carga da eletricidade.
O projeto de lei tem uma validade de 180 dias (cerca de seis meses), ou até que o Congresso aprove uma lei formal de regulamentação das criptomoedas, e a ANDE assegure um fornecimento de energia estável. O verdadeiro pensamento do governo do Paraguai é: **em vez de proibir, é melhor regulá-lo bem**. A redação do projeto menciona que a falta de um quadro regulatório levou a uma série de problemas, como a falta de proteção dos direitos dos consumidores, riscos de lavagem de dinheiro e lacunas fiscais.
É interessante notar que o Paraguai quase legalizou a indústria de criptomoedas em 2022, mas foi vetoado pelo então presidente - o motivo foi o medo de que a alta consumação de energia da mineração prejudicasse a estratégia de energia verde do país. Agora, parece que as preocupações que eles tinham na época realmente se tornaram um problema real.
Esta situação é um pouco reveladora para os mineradores globais: mesmo a eletricidade mais barata, se obtida de forma irregular ou ilegal, acabará por ter um custo.