Existe um tema eterno no universo das criptomoedas: os chips ASIC. Simplificando, estes equipamentos são hardware ultra-potentes desenhados especificamente para minerar uma determinada moeda, com uma eficiência absurda. Mas aqui surge um problema: assim que as máquinas de mineração ASIC entram em cena, os pequenos mineradores que usam placas gráficas ficam sem hipóteses, e todo o poder computacional da rede concentra-se nas mãos de poucos grandes mineradores, o que vai contra o princípio da descentralização.
Por isso, alguns projetos insistem na “resistência a ASIC” — criam algoritmos de mineração em que os ASIC não têm vantagem e qualquer pessoa com GPU/CPU normal pode participar. As vantagens disto são óbvias:
✓ Participação mais distribuída — A fasquia de entrada é mais baixa, permitindo a mais pequenos investidores/mineradores participar na mineração
✓ Resistência a ataques de 51% — Ninguém consegue monopolizar o poder computacional, tornando a rede mais segura
✓ Verdadeira democracia — Alinha-se com o princípio das criptomoedas: “qualquer pessoa pode participar”
Claro que isto também tem custos. Algoritmos resistentes a ASIC costumam ser mais complexos, exigem mais memória e a eficiência da mineração desce, com o consumo energético a aumentar. Além disso, à medida que a tecnologia de chips evolui, as empresas especializadas acabam por encontrar formas de contornar estas defesas, obrigando os projetos a atualizar constantemente os algoritmos.
Quais são os projetos que ainda se mantêm firmes nesta luta? Ethereum (agora já mudou para PoS), Monero, Ravencoin, Grin, entre outros, valorizam muito este princípio. Em especial Monero, que utiliza o algoritmo RandomX, especialmente otimizado para CPUs, dificultando até a vida às GPUs.
Tendências do sector? Cada vez mais projetos estão a adotar PoS ou outros mecanismos de consenso, podendo a “guerra dos ASIC” tornar-se algo do passado. No entanto, nos projetos onde o PoW ainda está ativo, a resistência a ASIC continua a ser um critério fundamental para avaliar o grau de descentralização.
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A disputa da mineração: porque é que algumas pessoas insistem na “resistência a ASIC”?
Existe um tema eterno no universo das criptomoedas: os chips ASIC. Simplificando, estes equipamentos são hardware ultra-potentes desenhados especificamente para minerar uma determinada moeda, com uma eficiência absurda. Mas aqui surge um problema: assim que as máquinas de mineração ASIC entram em cena, os pequenos mineradores que usam placas gráficas ficam sem hipóteses, e todo o poder computacional da rede concentra-se nas mãos de poucos grandes mineradores, o que vai contra o princípio da descentralização.
Por isso, alguns projetos insistem na “resistência a ASIC” — criam algoritmos de mineração em que os ASIC não têm vantagem e qualquer pessoa com GPU/CPU normal pode participar. As vantagens disto são óbvias:
✓ Participação mais distribuída — A fasquia de entrada é mais baixa, permitindo a mais pequenos investidores/mineradores participar na mineração ✓ Resistência a ataques de 51% — Ninguém consegue monopolizar o poder computacional, tornando a rede mais segura ✓ Verdadeira democracia — Alinha-se com o princípio das criptomoedas: “qualquer pessoa pode participar”
Claro que isto também tem custos. Algoritmos resistentes a ASIC costumam ser mais complexos, exigem mais memória e a eficiência da mineração desce, com o consumo energético a aumentar. Além disso, à medida que a tecnologia de chips evolui, as empresas especializadas acabam por encontrar formas de contornar estas defesas, obrigando os projetos a atualizar constantemente os algoritmos.
Quais são os projetos que ainda se mantêm firmes nesta luta? Ethereum (agora já mudou para PoS), Monero, Ravencoin, Grin, entre outros, valorizam muito este princípio. Em especial Monero, que utiliza o algoritmo RandomX, especialmente otimizado para CPUs, dificultando até a vida às GPUs.
Tendências do sector? Cada vez mais projetos estão a adotar PoS ou outros mecanismos de consenso, podendo a “guerra dos ASIC” tornar-se algo do passado. No entanto, nos projetos onde o PoW ainda está ativo, a resistência a ASIC continua a ser um critério fundamental para avaliar o grau de descentralização.