Hoje o mercado de ações americano teve um comportamento curioso — apesar das expectativas de descida das taxas de juro, o mercado quase não subiu.
O culpado? O rendimento das obrigações do Tesouro dos EUA disparou de repente. O capital achou que o mercado de ações estava demasiado aquecido e virou-se para o mercado obrigacionista para aproveitar os juros, voltando a pôr em cena o clássico jogo de gangorra. O BTC também sentiu o efeito desta vaga de sentimento hoje, com uma volatilidade notória.
Ainda assim, as tecnológicas mostraram força, fechando em alta de cerca de 1%, sendo praticamente o único sector a terminar no verde. Há notícias de que a Microsoft está a colaborar com a Broadcom no desenvolvimento de chips personalizados, o que impulsionou o preço das suas ações; a Oracle vai apresentar resultados na próxima quarta-feira, e o mercado já está a reagir antecipadamente.
**E como veem isto os veteranos de Wall Street?**
O experiente trader Gregory foi direto ao assunto: a descida das taxas de juro da próxima semana já está completamente refletida no mercado. O que preocupa agora é se em 2026 voltam a adotar uma postura mais agressiva, e quantas vezes ainda será possível descer as taxas no próximo ano.
O JPMorgan também veio arrefecer os ânimos — recentemente, os responsáveis da Reserva Federal têm adotado um tom mais suave, o que alimentou as expectativas de descida das taxas e levou as ações a recuperar máximos. Mas situações em que “todo o mercado aposta só num sentido” costumam ser perigosas, pois podem originar reversões do tipo “compra-se no rumor, vende-se no facto”. E com o final do ano à porta, muitos investidores preferem realizar lucros, o que pode travar a tendência de subida.
**Também há mexidas do lado de Buffett**
Um dos principais gestores de investimentos da Berkshire, Tom, vai mudar-se para o JPMorgan. Ele entrou em 2010 e liderou várias decisões importantes — apostou fortemente na Apple em 2016, comprou ações da Amazon em 2019 e, neste terceiro trimestre, abriu posição na Google pela primeira vez.
Com esta saída, há especulação sobre quem irá gerir as enormes posições da Berkshire no futuro.
Na véspera da descida das taxas, o sentimento de mercado está delicado. Obrigações a “chupar” capital, tecnológicas a destacarem-se, BTC a oscilar, e mudanças no topo das instituições — tudo isto junto faz prever semanas agitadas pela frente.
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0xSunnyDay
· 10h atrás
O mercado obrigacionista está a sugar liquidez de forma cada vez mais absurda, assim que os fluxos de capitais se viram para o mundo cripto tudo afunda, este efeito de balança está a ser levado ao extremo.
Será que se pode falar a sério sobre a saída do Tom? Quanto tempo é que vai demorar a transição daquela malta da Berkshire?
As tecnológicas são mesmo apetecíveis, a subir contra a tendência e ainda por cima com alguma estabilidade.
A expectativa de descida de juros nem sequer se concretizou e já foi antecipada, este trunfo hawkish para 2026 tem mesmo de ser bem guardado.
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GasWaster
· 10h atrás
É mais do mesmo, quando as expectativas de descida das taxas já estão descontadas, o mercado perde força... Esta história de o mercado obrigacionista sugar liquidez nunca mais acaba.
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Ser_This_Is_A_Casino
· 10h atrás
O mercado obrigacionista está a sugar o mercado acionista outra vez, isto já cansa.
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StablecoinAnxiety
· 10h atrás
O mercado obrigacionista está a sugar a liquidez, o BTC está a ser sacrificado, isto é um típico movimento massivo de capitais.
Com a saída do Tom, a Berkshire vai ficar num caos, isto sim é um verdadeiro cisne negro.
Porque é que as tecnológicas ainda conseguem subir? A Microsoft e a Broadcom estão só a juntar-se para aguentar?
Antes dos cortes de juros chegarem, é melhor sair já — este ritmo conheço-o demasiado bem.
Hoje o mercado de ações americano teve um comportamento curioso — apesar das expectativas de descida das taxas de juro, o mercado quase não subiu.
O culpado? O rendimento das obrigações do Tesouro dos EUA disparou de repente. O capital achou que o mercado de ações estava demasiado aquecido e virou-se para o mercado obrigacionista para aproveitar os juros, voltando a pôr em cena o clássico jogo de gangorra. O BTC também sentiu o efeito desta vaga de sentimento hoje, com uma volatilidade notória.
Ainda assim, as tecnológicas mostraram força, fechando em alta de cerca de 1%, sendo praticamente o único sector a terminar no verde. Há notícias de que a Microsoft está a colaborar com a Broadcom no desenvolvimento de chips personalizados, o que impulsionou o preço das suas ações; a Oracle vai apresentar resultados na próxima quarta-feira, e o mercado já está a reagir antecipadamente.
**E como veem isto os veteranos de Wall Street?**
O experiente trader Gregory foi direto ao assunto: a descida das taxas de juro da próxima semana já está completamente refletida no mercado. O que preocupa agora é se em 2026 voltam a adotar uma postura mais agressiva, e quantas vezes ainda será possível descer as taxas no próximo ano.
O JPMorgan também veio arrefecer os ânimos — recentemente, os responsáveis da Reserva Federal têm adotado um tom mais suave, o que alimentou as expectativas de descida das taxas e levou as ações a recuperar máximos. Mas situações em que “todo o mercado aposta só num sentido” costumam ser perigosas, pois podem originar reversões do tipo “compra-se no rumor, vende-se no facto”. E com o final do ano à porta, muitos investidores preferem realizar lucros, o que pode travar a tendência de subida.
**Também há mexidas do lado de Buffett**
Um dos principais gestores de investimentos da Berkshire, Tom, vai mudar-se para o JPMorgan. Ele entrou em 2010 e liderou várias decisões importantes — apostou fortemente na Apple em 2016, comprou ações da Amazon em 2019 e, neste terceiro trimestre, abriu posição na Google pela primeira vez.
Com esta saída, há especulação sobre quem irá gerir as enormes posições da Berkshire no futuro.
Na véspera da descida das taxas, o sentimento de mercado está delicado. Obrigações a “chupar” capital, tecnológicas a destacarem-se, BTC a oscilar, e mudanças no topo das instituições — tudo isto junto faz prever semanas agitadas pela frente.